Longe de mim não acreditar em Deus.
Mas ultimamente tenho pensado neste senhor como um
pai raivoso, sem paciência e muito menos compaixão!
Daqueles que querem abnegação total à sua figura
icônica!
Um pai que comanda sua família como a um rebanho,
que envia seus anjos como cães para mantê-la (o) numa determinada trilha, que
ele, com soberba arrogância, entende que seja a melhor.
Não é que não tenhamos arbítrio, o que acontece é
que, como todo pai austero, seu poder de manipulação é maior e, se depender
dele, esta opção nunca virá acrescida do adjetivo “livre”, ou seja, toda e qualquer
escolha diferente, incorrerá em severa punição.
São poucos, estreitos e difíceis os caminhos do “Senhor”.
Este que insiste em impôr suas metáforas, escrevendo certo por linhas tortas.
Sinceramente, a cada dia tenho questionado mais e
mais, o “Pai” e sua maneira, até “grosseira”, de se fazer amar.
Mas, segundo grande parte da família, ele existe e
deve ser respeitado. Nem que para tal, devamos fechar os olhos para algumas
injustiças, ou abusos de autoridade, ou preferências fundamentadas em outros
interesses.
Longe de mim, desacreditar desta “instituição” já
estabelecida, mas cá prá nós, conheço alguns de seus “perdigueiros”, que se
dizem cansados de algumas tarefas um tanto “questionáveis” e que inclusive
apontam a crescente incapacidade “dele”, de estar em todos os lugares e
principalmente de sua “intervenção desajeitada”, “- parecendo um dinossauro velho!” me disse em segredo um de meus
informantes, referindo-se a alguns eventos que ceifaram tantas e tantas vidas
humanas, extremamente tementes a “Deus”!!
Rapidamente uma imagem se fez em minha mente.
- Um dinossauro velho! Taí... Pensei: - Não sou a
única a ver que algo está errado!
“Deus, o pai todo poderoso! ” está esclerosando!
Observa e julga o que consegue ver com seus olhos míopes e opacos de catarata e ao
decidir quem merece ou não qualquer coisa, arrasa o que não vê com sua cauda
desajeitada.
Longe de mim não acreditar, mas tenho saudade de me
sentir protegida por “ele”.
E como filho desprezado... saí para viver minha
própria vida sob a égide de meus próprios valores !
Tracei em torno de mim um círculo (imaginário,
claro!), e é neste espaço que tento viver feliz, é neste jardim sem fronteira
que recebo quem quiser o conforto de um abraço e a bênção de um sorriso.
Não é que não acredite neste Deus, para quem todos
rezam... acredito, sim, no direito à existência de tudo e todos que compartilham este universo...
É que agora, acredito num Deus que está na forma,
que cada um de nós encontrou, de viver em Paz!
(Re-publicando para não esquecer!! Autoria: IFdA 2012 - Ainda sem livro para morar!)
Um comentário:
Gostei do seu espaço, vou acompanha-la e deixar um pouco do meu: po-magico.blogspot.com
Apareça será uma prazer :)
Bjs
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