QUESTÃO DE RELATIVIDADE ...

Questão de relatividade, posicionamento momentâneo, ponto de vista, estas coisas... depois de tudo sempre ouço estas palavras: - Cala boca Fernanda!!!

Questiono sempre as “Verdades Impostas”, “Razões definitvas”, “O nome de Deus” estas coisas...

Não sei porque o faço, talvez aconteça porque não tenho vícios. Sempre odiei me sentir dependente de qualquer coisa, química ou humana, prefiro entender que eu seja alguém assim, posso dizer, uma pessoa,  “sem frescura” !!!

Certa vez, fazendo algumas aulas em multimídia para um amigo “Parapsicólogo” em Porto Alegre – RS, minha cidade natal, nos deparamos a comentar algumas linhas do assunto abordado: “Auto Estima – Aparência ou Sobrevivência ”. Falamos muito, discutimos bastante, mas no final, meu amigo me revelou resultados de sua pesquisa, até então, sigilosa. Estes resultados faziam menção a um grupo de 2000 pessoas catalogadas em seu consultório  ao longo de 10 anos e que buscavam tratamento para um mesmo tipo de distúrbio – Síndrome do Pânico.

Depois de realizados todos os protocolos referentes à pesquisa, o resultado que mais chamou a atenção de meu amigo pesquisador, foi o fato de que, 95% das pessoas que desenvolvem algum tipo de distúrbio psicoemocional, têm um quadro familiar estável e que em função dela, adoecem e tendem a se desintegrar como célula familiar.

Conclusão: 95% das pessoas que adoecem psicoemocionalmente, só caem quando tem certeza de há alguém atrás para segurá-las. Ou seja, PURA MANHA.

Meu ponto de vista causou um surto de risos ao meu amigo pesquisador, e que no final complementou, que nunca havia visto alguém entender uma pesquisa de milhares de laudas em apenas alguns minutos de conversa e em palavras tão descomplicadas.

Manha, necessidade de auto-valorização, o adoecimento e morte de células familiares levam ao adoecimento social e seu inevitável desmoronamento.

Assim como a cura da picada de cobra, está no veneno da cobra, nossas doenças estão onde estão também suas curas, dentro de nossas mentes atormentadas e cheias de vícios.

Então, até eu chegar aqui, já me mandaram calar a boca várias vezes, tantas quanto eu questionei. Já ouvi até: - você está dizendo que eu não preciso de remédios ??? Quem é você para me falar tal coisa???  – Cala boca Fernanda!!!

Só porque eu defendo que a cura de 95% dos descompassos emocionais, não está em outro lugar senão, dentro de nossa própria cabeça e na forma como procuramos ser felizes. Mas é questão de relatividade, nada mais.